Montag, 12. Nov 2012, 21:21
Há tempos que eu venho pensando nisso. Que minha busca interminável por alguém que me sirva não vai me levar a lugar algum. Que eu devo aprender a ficar bem como estou, procurando por maneiras de aproveitar a mim mesmo, sem me preocupar onde está essa parte que me falta. Cultivar o tal do jardim para que as borboletas venham até ele ao invés de sair correndo feito louco com uma rede na mão.
O grande problema é que eu ainda não consegui enxergar outra maneira de ser feliz.
Nesse entrave, talvez o mais difícil não seja ouvir todos falando para você não esperar por algo que não existe. Difícil mesmo é ouvir que você deve desistir dos seus sonhos. Isso é o que mais machuca.
É provável que ninguém saiba o peso do que diz. Creio que não saibam da relevância que isso realmente tem, da importância que eu realmente dou. Levo como aquele comentário inconveniente que você faz sem querer quando acaba de conhecer alguém. Não culpo, apenas sorrio concordando com o absurdo de se sonhar com algo tão singelo e surreal ao mesmo tempo.
Mas o vento gelado que uiva na janela faz passar mais uma noite, faz mais um dia ser vivido sem cor, sem entusiasmo. E quando se nota o calendário ali no canto da mesa, já se foram semanas, meses, se foram anos, se foi a vida inteira esperando por algo que nunca chegou.
Esse é o meu maior medo.